quarta-feira, 18 de abril de 2012

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Aos Grandes Revolucionários desta Universidade!!




Evitemos generalizações, mas reflitam!

Que vista a carapuça quem merecer!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Fazer algo bem!

Tivemos em nosso curso um grande debate, e creio que as confusões se deram por falta de delimitar sobre o que discutíamos, além de minha inabilidade em expressar-me.
Retomo aqui o tema, pois acredito que o assunto toca em algo muito importante: a forma como cada um se coloca no mundo.

Foi-nos sugerida a seguinte pergunta:
O que eu faço bem?
Entendo que se classificamos algo como fazer bem ou não fazer bem, existe aí um julgamento. Se não existisse, seria um simples fazer (e isso vem com a pergunta, não é que eu acredite que tudo deva receber um julgamento de valor).
Se existe um julgamento, alguém tem que fazê-lo. Esse alguém posso ser eu ou um(s) terceiro(s).
A dúvida ficou sobre autorizar-se a dizer que "faço algo bem" sem considerar o julgamento do outro.

Bom, se faço algo, posso fazê-lo e acreditar que fiz aquilo bem.
Mas acreditar não significa que faço. Posso estar vivendo um delírio.
Aonde posso confirmar essa minha verdade que não seja no outro, no mundo?

Numa primeira situação, vamos considerar que as pessoas me elogiam por aquilo que fiz. A chance de eu estar fazendo aquilo realmente bem é muito maior, pois houve um claro reconhecimento. Quanto mais pessoas reconhecerem, maior a chance de ser verdade. E a questão aqui não é o que eu faço ou não com esse reconhecimento, este é um outro problema, para outro momento.
A questão são estes sinais que o meio me dá para confirmação de minhas crenças.

Num segundo caso, ninguém julga o que fiz como bem feito, por ninguém notar o que fiz ou por ser algo privado. O único julgamento cabe a mim mesmo. Por que acreditaria que aquilo foi realmente bem feito? Provavelmente baseando-me e comparando com feitos de outras pessoas ou de minhas experiências pessoais. Mas aí pergunto com que propriedade posso afirmar que faço aquilo realmente bem? E se isso for um simples delírio, meu próprio delírio). Pode ser simples prepotência ou uma grande falha de discernimento de minha parte. Para tirar esta dúvida, acho imprescindível obter pistas do meio que me cerca.
É claro que posso gostar daquilo que fiz e ter prazer no que faço independente do outro ou daquilo estar bem feito ou não. Mas, mais uma vez, a questão não foi essa.

Numa terceira e mais triste suposição, aquilo que acredito fazer bem é julgado como imperfeito e só recebo críticas. O que faço?
Devo ignorar a opinião alheia? Devo acreditar que atingi a perfeição, mas que existe um delírio coletivo que não enxerga meu valor?
Lembrei-me do programa Ídolos, onde várias pessoas apresentam-se cantando. A grande maioria realmente acredita que canta bem e muitos, péssimos cantores, surpreendem-se e até revoltam-se com a reação do júri ou as risadas da platéia: "Mas eu canto bem, como assim?".

Acredito que aqui a melhor saída é uma reavaliação de meus conceitos e parâmetros. Isso me faz evoluir, melhorar, me conduz a fazer aquele algo ainda melhor e de fato bem feito. Sair do meu delírio.

Não quero dizer com isso que devo me deixar afetar ou abater pela primeira opinião que apareça, sem considerar o porquê daquela pessoa julgar-me daquela forma, quais seriam seus verdadeiros motivos e intenções, ou até mesmo se entende bulhufas sobre o assunto.
Mas buscar nos outros indícios que confirmem e me autorizem faz parte do social, é saudável e até preserva sua vida.

Na própria psicanálise, para exercer a análise, diz-se que o psicanalista deve se autorizar a analisar, mas essa autorização deve vir acompanhada da autorização por seus pares. Há toda uma ética envolvida.

Acredito que existe muito a ser trabalhado se eu, como sujeito, ignoro em absoluto a opinião do outro quando ela não me agrada.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Egos inflados

Dia 25 de agosto, tivemos um debate na semana da Psicologia conduzido pelo Calpsi.
Depois de discursos inflamados de nossos representantes, fazendo política da forma mais batida que conhecemos, digna das melhores (ou piores) propagandas políticas brasileiras, questionei mais uma vez quando que nós, alunos, iremos incluir em nossas discussões algo sobre os nossos deveres como universitários, ao invés de apenas apontar dedos, saindo da postura de vítimas e bebês reclamões, para os quais a Universidade deve incondicionalmente servir.
Perguntei por que não questionamos os servidores, uma vez que "apoiamos" a greve, os motivos de alguns não comparecem ao serviço e não aceitarem o ponto eletrônico. Porque continuamos furando a fila e fazendo barulho na biblioteca.

Como em outras vezes, a acolhida aos meus questionamentos não foi das melhores: senti-me exatamente como dizem sentirem-se os estudantes quando tentam contato com o Prata ou quaisquer de seus inimigos públicos. Apresentaram em sua resposta a mesma irritação e ironia, sem abertura para realmente ouvir ou tentar entender algo diferente do que propõem ou entendem como verdade, algo que não concordam. Ainda que, como neste caso, esta reflexão venha de seus iguais.

Foi-me sugerido que considerasse os motivos e contingências que levariam estes alunos a agir desta forma e os servidores a exercer atividades durante seus horários de serviço.
Eu questionaria então:
Porque não considerar as condições que levam o reitor a tomar as medidas descabíveis que toma? Porque não analisar os motivos que levam os nossos representantes em Brasília a aumentar seus próprios e já gordos salários, ou nunca comparecerem no plenário.
Porque pesos e medidas diferentes?
É incrível como o ser humano consegue relativizar muitas coisas quando é de seu interesse.
Enquanto agirmos desta maneira, nenhuma mudança significativa terá nossa sociedade. Mudarão os atores, mas os papéis continuam os mesmos.
Alunos furando a fila e políticos desviando dinheiro.
Bom, ao menos, no meu entender, minha pergunta foi respondida claramente: Não, não vamos discutir sobre os deveres dos estudantes. Não nos interessa!

Finalizando, um desabafo: não me sinto representado por este discurso reacionário apresentado na mesa. Acredito que um centro acadêmico "livre" deveria ser mais cauteloso e democrático em suas escolhas, além de estar mais aberto às diferenças existentes dentro de nosso curso.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Eu apoio a greve?

Entendo que exigir uma postura da reitoria quanto aos problemas enfrentados pelos alunos é algo de direito e inquestionável.
Porém, quantos alunos realmente apoiam a greve dos servidores? Quantos realmente estão informados das reinvidicações desta classe? Quantos se identificam com esta causa? Elas são justas?
Não sei.
Pessoalmente, tenho meus questionamentos quanto à sobrecarga de serviço. Infelizmente a fama do funcionalismo público no Brasil não é das melhores, mais associada com incompetência e acomodação.
O que sabemos é que alguns se sacrificam pelos outros. Enquanto uns matam-se de trabalhar, uma maioria quer apenas um emprego, e não um trabalho. Chegam mais tarde e encerram mais cedo o expediente, o que parece ser confirmado pela resistência ao ponto eletrônico (mesmo com todos os contra-argumentos que ouvi, essa resistência ainda me soa como um absurdo). Muitos exercem outras atividades em paralelo, inclusive durante seus horários de trabalho.
Ouvi professores lamentando que há tempos fazem tarefas que não são suas e que a sobrecarga de trabalho administrativo não mudou muito devido a greve. Talvez por isso a Universidade não tenha parado.
Os bons, dedicados e trabalhadores servidores que me desculpem. Sei que vocês existem e também são muito prejudicados. Que isso sirva como um desabafo inclusive para vocês.

O DCE diz que os alunos apoiam a greve.
Fiz esta pergunta na minha sala, que tinha no momento cerca de 35 ou 40 pessoas. Duas responderam que apoiavam, o que dá, na melhor das hipóteses, 5% da turma.
Isso é bem diferente de dizer que os alunos apoiam a greve.
Ninguém nunca me perguntou nada sobre o tema e não sinto-me representado por este discurso.
Nem sei se os próprios servidores apoiam a greve, pois afinal, aonde eles estão? Vemos alguns gatos pingados por aí, o que indica que a maioria está curtindo umas férias em casa. Isso é greve? Cadê as manifestações?

Não vejo estes questionamentos pelos alunos.
É um simples "apoiamos a greve", que não representa a maioria, conforme confirmei no meu questionamento em sala.
Estamos sendo manipulados? Todos? Quem? Por quem?

Não sou contra a greve. Mesmo porque, greve não se questiona. É um direito dos servidores ou de qualquer outra classe.
Também concordo que devemos exigir as devidas providências da reitoria e solução dos problemas que nos atingem.
Mas isso é bem diferente de apoiar a greve.

Reflitam.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Avaliação do Curso

Em nosso curso, Psicologia, temos um processo de avaliação do curso. É um momento fantástico, onde os alunos expressam suas opiniões, críticas, sugestões e alguns elogios aos métodos utilizados e postura dos professores em sala, em cada disciplina.
Deixando os pontos positivos para outro momento, venho aqui trazer o que me chama atenção e me incomada: muitas críticas injustas, como se o processo de ensino aprendizagem dependesse apenas do professor. O aluno não se coloca como parte ativa desse processo. Muitos ainda acreditam que estão no ensino fundamental. Que na sala de aula deve existir só alegria e divertimento. Que não haverão esforços nem obstáculos.
Assisto professores sendo vítimas de muito preconceito, escurraçados e acusados injustamente. Falta imparcialidade e empatia por parte dos alunos.
Devemos lembrar que o professor também enfrenta problemas, não acha legal acordar cedo, têm família, responsabilidades, e (por mais que alguns duvidem), têm algum conhecimento a mais que nós, alunos.
Sim, eles fizeram no mínimo um curso igual ao seu, sem contar o mestrado e o doutorado. O discurso que os professores não devem ser vistos como os donos do saber é válido, mas destituí-los de todo saber, é ridículo.
Quando compramos um livro, vamos a uma palestra ou curso, acreditamos que aquele autor ou palestrante tenha algo a nos acrescentar. Ao menos naquele assunto sabe algo que não sabemos. Colocamos nosso dinheiro naquilo, tentamos sentar na primeira fileira e assistimos de boca calada, ou babando.
Mas quando alguns alunos entram na sala de aula, coloca o professor em um nível medíocre, tem conversas paralelas e uma postura desrespeitosa.
Concordo que os professores fizeram um concurso, assinaram um contrato e têm deveres e responsabilidades a cumprir. Entre elas, ministrar uma aula de qualidade. Isso tem que ser exigido. Mas não justifica a falta de respeito, de postura e de educação de muitos alunos.
Devemos lembrar que nós também, no ato da matrícula assinamos um contrato, que tinha regras claras, deveres e exigências. Não eram apenas direitos. Entre elas a presença. E alguns ainda reclamam quando o professor faz chamada.
Estamos numa universidade pública, muito bem paga e ainda podemos faltar a 25% das aulas. Não é o bastante?
Chamo atenção a um outro ponto: antes da crítica ao professor, o aluno deveria fazer uma reflexão e observar mais seus colegas, principalmente aqueles que têm posturas diferentes da sua.
Se eu nunca vou a aula e acho que a culpa é só do professor, seria ao menos de se estranhar que existem colegas que sempre estão lá, desde cedo, e assistem a essa aula com atenção.
Lógico que existem motivações intrínsecas e extríncecas em cada um que o leva à sala de aula. Mas se acho que as extríncecas são zero, que toda culpa deve-se ao porfessor, por não promover motivações extrínsecas suficientes, por que não questionar por que não tenho as intrínsecas?
Por outro lado, se meu colega nunca vai à aula, o que acontece com ele? Quais os pontos que devem ser mudados para que isso deixe de ocorrer?
Acredito que uma boa avaliação é feita no momento que conseguirmos um equilíbrio entre estes dois estereótipos: desde o aluno que nunca vai a aula e só faz criticar até aquele que assiste a tudo, mas não participa das disussões. A universidade é feita para todos e por todos. Se faz essencial eliminar estas variáveis e examinar o desempenho do professor livre destas influências, de maneira objetiva, madura e imparcial.

domingo, 10 de julho de 2011

A Universidade não é para todos!

Se você...

Não está disposto a assistir aula,
Prioriza uma hora a mais na cama a chegar no horário,
Acha um absurdo a frequência obrigatória,
Não concorda com nenhum tipo de avaliação,
Acha que seu curso deve ser só diversão,
E ainda acredita que os professores não sabem nada,

A Universidade não é para você.

Ou melhor:

Você não é para Universidade.

terça-feira, 28 de junho de 2011

O Poder II

Com bastante tempo disponível,
criticam seus pais,
mas dirigem os carros que eles lhes deram.
Entre caras viagens e baladas,
carregam bandeiras que não são suas,
e sem bem saber o porque.
Vestem-se com trajes da moda,
usam perfumes franceses.
Empoderam-se de todo e qualquer poder disponível.
Então,
com algumas frases de Foucault,
tentam me(se) convencer
de que o poder é uma merda.

E a ética?
Foi travestida de moralismo.
Assim, se autorizam a fazer o que bem querem.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O Poder

Parece-me ser a cobiça pelo poder o que mais o empodera e por onde mais nos submetemos.

Mas o poder também tem seus dissabores, e responsabilidades.

Além disso, ele também está nas pequenas coisas, sendo usado diariamente, sem nos darmos conta.
A questão é como usá-lo a nosso favor quando na mão dos outros, e ao favor dos outros, com ética, quando em nossas mãos.

Não deixe de lutar pelos seus direitos, mas só reclamar, sem um senso auto-crítico, não é nada construtivo.
Liberte-se. Depende principalmente de você.